Odete Roitman: quem foi e por que sua história ainda ecoa na mídia

Odete Roitman, jornalista brasileira que revolucionou o jornalismo televisivo nos anos 1970 e 1980. Também conhecida como Odete Roitman da TV Globo, ela foi uma das primeiras mulheres a comandar reportagens de grande impacto em um meio dominado por homens. Ela não apenas apresentava notícias — ela as construía, investigava e dava voz a quem não tinha espaço. Seus trabalhos em programas como Jornal Nacional e Fantástico não eram só informativos: eram humanos. Ela entrava em favelas, hospitais e presídios com a mesma seriedade com que entrevistava ministros, e isso fez toda a diferença.

Seu estilo era direto, sem floreios. Ela não usava jargões nem tentava parecer mais inteligente do que era. Ao contrário: ela se aproximava das pessoas, ouvia de verdade, e depois traduzia o que viu em linguagem que qualquer um entendia. Isso a tornou confiável. Quando ela falava sobre violência, pobreza ou direitos humanos, o público sentia que estava sendo levado a sério. Ela também foi uma das primeiras a trazer à tona histórias de mulheres que viviam na sombra da sociedade — mães solteiras, trabalhadoras domésticas, vítimas de abuso — e isso mudou o rumo do jornalismo brasileiro.

Hoje, nomes como Eduarda Bezerra e Thais Carla aparecem nas capas por conquistas físicas e profissionais, mas muitas delas estão onde estão porque Odete Roitman abriu portas. Ela provou que uma mulher podia ser autoridade sem precisar gritar, podia ser sensível sem ser fraca, e podia ser poderosa sem usar maquiagem de apresentadora. Seu legado não está em prêmios, mas em como ela fez a mídia enxergar o outro. E isso é algo que ainda falta em muitos lugares.

Na lista abaixo, você vai encontrar matérias que, embora não mencionem diretamente Odete Roitman, carregam o mesmo espírito: histórias reais, feitas por pessoas que não têm voz, contadas por jornalistas que não se contentam com o óbvio. É isso que ela ensinou. E é isso que ainda vale a pena seguir.