O mundo do futebol recebeu, nesta semana, a notícia de que Sergio Busquets vai encerrar a carreira ao final da temporada 2025 da Major League Soccer. O anúncio veio em um vídeo emocionado publicado nas redes sociais do atleta, onde ele agradeceu colegas, torcedores e a própria partida pelo privilégio de viver tantos momentos inesquecíveis.
Carreira no Barcelona
Busquets chegou ao Barça como garoto na La Masia e, aos 18 anos, já estreava na equipe principal. Foram 18 temporadas marcadas por títulos e consistência. O estilo de jogo — posse segura, marcação precisa e passes que quebram linhas — fez dele o eixo defensivo do futebol moderno. Durante esse período, o espanhol colecionou:
- 3 UEFA Champions League
- 9 La Liga
- 5 Copa del Rey
- 3 Supercopa da Espanha
- 2 Mundial de Clubes
Além dos troféus, a presença de Busquets no meio‑campo foi decisiva nas duas décadas de dominância do Barcelona. Ele mantinha a defesa protegida e, ao mesmo tempo, iniciava os ataques com aquele toque elegante que virou marca registrada.

Passagem pela MLS e legado
Em 2023, Busquets aceitou o convite para jogar nos Estados Unidos, juntando‑se ao Inter Miami CF ao lado de Lionel Messi, Jordi Alba e Luis Suárez. A chegada dos craques europeus elevou o nível da equipe e trouxe mais atenção à MLS. No estreante, o meio‑campo argentino ajudou o clube a conquistar a Leagues Cup, título que chegou logo na primeira temporada.
Durante a temporada 2024, o espanhol foi fundamental na conquista do Supporters' Shield, símbolo de melhor campanha regular da liga. Seu entrosamento com Messi e a visão de jogo foram destacados pelos técnicos como fatores que influenciaram diretamente os resultados.
A despedida de Busquets será marcada pelos playoffs da MLS, que o clube definiu como o último capítulo da trajetória dele como jogador profissional. A diretoria do Inter Miami já enalteceu sua “liderança dentro e fora de campo” e prometeu manter o vínculo de alguma forma, talvez em funções técnicas ou de embaixador.
Fora do gramado, Busquets sempre foi visto como alguém discreto, mas muito respeitado pelos colegas. No vestiário, ele transmitia calma e confiança, ajudando jovens a lidar com a pressão de representar um clube gigantesco. Essa postura será lembrada tanto pelos torcedores do Barcelona quanto pelos fãs do Inter Miami.
Além do clube, o legado internacional de Busquets não pode ser ignorado. Ele fez parte da geração de ouro da Espanha que venceu a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, e a Eurocopa de 2012, em Polônia e Ucrânia. Em ambas as competições, atuou como o ponto de equilíbrio entre defesa e ataque, garantindo que a equipe mantivesse a posse e controlasse o ritmo das partidas.
Ao fechar o vídeo de aposentadoria, o jogador descreveu a sensação de deixar o futebol como "feliz, orgulhoso, realizado e acima de tudo, agradecido". A mensagem ecoou nos corações de inúmeros fãs que cresceram acompanhando sua evolução de garoto da Masia a ícone mundial.
Com a saída de Busquets, encerra‑se uma era que definiu o papel do volante de contenção no futebol contemporâneo. Seu nome agora está garantido nas listas de maiores ídolos do Barcelona, da seleção espanhola e, cada vez mais, da MLS.