Um empate sem gols, duas expulsões no primeiro tempo e um clima de tensão que não esconde a pressão por promoção. Foi assim que o Goiás Esporte Clube enfrentou o Volta Redonda Futebol Clube na 30ª rodada do Brasileirão Série B 2025 – SuperbetEstádio Raulino José de Oliveira, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. O resultado, 0 a 0, deixou o Verdão com 51 pontos, subindo temporariamente para o segundo lugar na tabela — mas com o pé na porta, já que o Athletico-Paranaense ainda jogaria no dia seguinte contra o Atlético Goianiense. Enquanto isso, o Volta Redonda, que luta para fugir do rebaixamento, viu suas chances de sobrevivência se estreitar ainda mais.
Expulsões e tensão desde o início
O jogo começou com intensidade, mas o clima esquentou logo nos primeiros minutos. Aos 32’, o meia Bryann, do Goiás, recebeu cartão vermelho direto por um chute de cotovelo em um adversário. Foi uma entrada dura, sem desculpas — e o técnico Wagner Mancini perdeu um dos principais ligadores do meio-campo. Mas o pior estava por vir. Aos 47’, o meia Raí, do Volta Redonda, que já tinha levado amarelo no início da etapa, recebeu o segundo cartão amarelo por uma falta em Bryann, logo após a expulsão do adversário. O estádio ficou em silêncio. Dez homens em campo. E o jogo, praticamente paralisado.Aos 48’, o árbitro mandou os jogadores para o vestiário. Ninguém esperava que a partida fosse continuar assim — mas o segundo tempo começou com o mesmo clima de tensão. Ambas as equipes, sem opções de substituição para reforçar o meio-campo, tentaram manter a organização, mas a criatividade sumiu. O Goiás, que vinha com o elenco completo — sem desfalques, segundo o próprio clube —, não conseguiu aproveitar o domínio numérico que teve nos primeiros 32 minutos. O Volta Redonda, por sua vez, se fechou, mas perdeu a capacidade de atacar com perigo.
Um empate frustrante para o Goiás
Para o Goiás, o resultado foi mais do que um ponto perdido. Foi uma oportunidade de se distanciar da briga por promoção e, talvez, garantir o acesso antecipado. Em casa, contra o mesmo adversário em junho, o Verdão venceu por 2 a 0, com gols de Vitinho e Arthur Caike. Naquela partida, o time jogou com fluidez, pressionou alto e dominou. Aqui, em campo neutro, com dois jogadores a menos, o desempenho foi tímido. O Diário de Goiás chamou o resultado de “mais um resultado frustrante para o Goiás Esporte Clube” — e não foi exagero. A equipe tem a melhor defesa da competição, mas a falta de eficiência no ataque continua sendo o gargalo.Wagner Mancini, que vinha sendo elogiado pela organização tática, teve que mudar o esquema no segundo tempo. Rafael Gava, que atuava como meia, foi recuado para tentar equilibrar o meio-campo, mas sem criatividade, o time perdeu o ritmo. “A gente sabia que seria difícil, mas não esperávamos perder dois jogadores tão cedo. Ficamos com o pé no freio, e isso custou pontos”, disse um jogador anônimo ao canal Feras do Esporte após o jogo.
A luta pela sobrevivência do Volta Redonda
Já o Volta Redonda, que entrou em campo com a missão de evitar a queda para a Série C, viu o empate como um ponto perdido. A equipe, que já enfrenta dificuldades financeiras e de infraestrutura, não tem margem para erros. O meia Java, que vinha sendo citado como um dos poucos jogadores com qualidade técnica, “não vive grande fase”, segundo comentaristas do YouTube. O time, que tem apenas 29 pontos, está a quatro pontos da zona de rebaixamento — mas com jogos em mãos e adversários diretos mais fortes, a pressão é imensa.“A gente sabe que não temos o elenco do Goiás, mas também não temos o direito de perder pontos assim. A torcida está com a gente, mas a cada empate, o desespero cresce”, disse um torcedor da arquibancada, que preferiu não se identificar. A equipe ainda não divulgou o próximo adversário, mas o calendário aponta para um jogo difícil contra o Ceará — outro time que também vive a luta contra o rebaixamento.
Um Brasileirão Série B cheio de histórias
A 44ª edição da Série B é uma das mais simbólicas dos últimos anos. Seis clubes do Sul, seis do Sudeste, quatro do Centro-Oeste — e apenas Clube de Regatas Brasil (CRB), do Alagoas, representando o Nordeste. É o menor número de times da região na história da competição. Ao mesmo tempo, voltaram rivalidades que o público esqueceu: o Atletiba (Athletico-Paranaense x Coritiba), o Re-Pa (Remo x Paysandu) e o Bota-Ferro (Botafogo-SP x Ferroviária) após 35 anos.Além disso, pela primeira vez desde 2018, os três principais times de Goiânia — Goiás, Atlético Goianiense e Vila Nova — estão juntos na Série B. E o Athletic Club, de São José dos Campos, fez sua estreia na competição, tornando-se o único clube novo desta edição. A presença de clubes do Norte, como o São Raimundo-RR, marca o retorno da região após 19 anos sem representantes na Série B.
O que vem a seguir?
O Goiás tem pouco tempo para se recuperar. Na terça-feira, 7 de outubro, às 21h35 (UTC-3), enfrenta o CRB no Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia. É um jogo decisivo: o CRB está na zona de rebaixamento, mas com um histórico de resultados surpreendentes contra os times da ‘G4’. O Verdão precisa vencer — e torcer para que o Athletico-Paranaense não vença o Atlético Goianiense. Se isso acontecer, o Goiás pode cair para o terceiro lugar, e a briga por acesso se torna ainda mais complicada.Já o Volta Redonda terá que se reorganizar rapidamente. Sem data definida para seu próximo jogo, o clube vive um limbo. A diretoria já admitiu que está buscando reforços de baixo custo, mas o mercado é apertado. A torcida, que comparece em massa mesmo nos dias mais difíceis, começa a se perguntar: até quando?
Frequently Asked Questions
Como o empate afeta as chances de promoção do Goiás?
O Goiás ainda está na zona de acesso, com 51 pontos, mas o segundo lugar é temporário. Se o Athletico-Paranaense vencer o Atlético Goianiense, o Verdão cai para o terceiro lugar, e a diferença para o quarto colocado pode se reduzir a apenas um ponto. A equipe precisa vencer pelo menos quatro dos cinco jogos restantes para garantir o acesso com tranquilidade.
Por que o Volta Redonda está em perigo de rebaixamento?
Com 29 pontos, o Volta Redonda está a quatro pontos da zona de rebaixamento, mas tem jogos em atraso e adversários mais fortes pela frente. O clube tem a pior defesa entre os 15 primeiros colocados e sofreu 47 gols em 30 rodadas. Sem vitórias em quatro jogos consecutivos, a equipe perdeu confiança e a torcida começa a questionar a gestão técnica.
Quais são as consequências da baixa representatividade do Nordeste na Série B?
Apenas o CRB representa o Nordeste na Série B 2025 — o menor número da história. Isso reflete desigualdades regionais no futebol brasileiro: menos investimento, infraestrutura precária e falta de visibilidade. Sem clubes da região, o torcedor nordestino perde referências e o campeonato perde diversidade. O retorno de times como o ABC ou o Náutico poderia mudar esse cenário, mas ainda não há sinal de mudança.
O que torna esta edição da Série B diferente das anteriores?
Além da volta de rivalidades históricas como Atletiba e Re-Pa, esta edição marca o retorno do Norte após 19 anos e a estreia do Athletic Club. Também é a primeira vez que três clubes de Goiânia estão juntos na Série B desde 2018. A competição está mais equilibrada: apenas sete pontos separam o primeiro do décimo quinto colocado, o que aumenta o número de jogos decisivos até a última rodada.
Maria Luiza Luiza
novembro 12, 2025 AT 15:08Sayure D. Santos
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