Em 25 de abril de 2025, o mundo da música parará — ou, melhor dizendo, tentará escolher entre 20 álbuns lançados no mesmo dia. É o dia mais lotado da história recente das lançamentos musicais, segundo levantamento de fontes como Official Charts, Wikipedia, Consequence.net e Loudwire.com. Nada menos que Álbuns de Ghost, Adrianne Lenker, Billy Idol, Javiera Mena, Natalia Lafourcade e até Jeff Goldblum com sua orquestra entram em circulação nesse dia. É como se o calendário tivesse se quebrado — e os artistas, aproveitado.
Um abril de explosões musicais
O dia 25 de abril não é apenas um marco; é um terremoto. Entre os lançamentos, Ghost lança Skeletá, seu novo disco de heavy metal atmosférico, enquanto Beach Bunny traz Tunnel Vision, um pop emocional com toques de indie. D4vd, já conhecido por suas batidas digitais e vocais vulneráveis, solta Withered pela Interscope. E quem esperava um disco de jazz com nuvens de jazz-funk? Emma-Jean Thackray entrega Weirdo pela Brownswood, um álbum que mistura trompetes, samples de rádio e uma sensação de sonho acordado.Na outra ponta, Wiz Khalifa retorna com Kush + Orange Juice 2, sequência de seu clássico de 2011, e Sault, o enigmático coletivo britânico, lança 10, seu décimo álbum em quatro anos — sem aviso, sem entrevistas, apenas música. É o tipo de lançamento que divide fãs: uns celebram a liberdade artística; outros se perdem no caos.
Grandes retornos e reedições que movem o mercado
Mas não são só novidades. O ano traz relembranças que já estão gerando hype. Em 12 de dezembro, Pink Floyd lança Wish You Were Here 50, uma caixa com gravações inéditas, demos e um documentário inédito. Já em 14 de novembro, Oasis resgata Familiar To Millions (25th Anniversary Edition) — o álbum que marcou o último grande show do grupo antes da separação, em 2009. Os fãs que choraram na última turnê vão voltar a chorar, só que agora com vinil e áudio remasterizado.E tem mais: Aerosmith e Yungblud unem gerações com o EP One More Time, lançado em 21 de novembro. A parceria inesperada entre o rock clássico dos anos 70 e o punk-pop rebelde dos millennials é um experimento que pode either soar como um desastre ou como um clássico instantâneo. A indústria está de olho — e os streaming já estão preparando playlists exclusivas.
As estrelas solitárias que dominarão o segundo semestre
Enquanto o primeiro semestre é de explosões coletivas, o segundo é de solos poderosos. Em 12 de setembro, Mimi Webb lança Confessions, seu segundo álbum, prometendo uma jornada emocional mais crua que seu estreia. Já em 26 de setembro, Perrie Edwards, ex-Little Mix, finalmente solta seu álbum solo autointitulado — o primeiro passo real de uma artista que passou anos sendo vista apenas como parte de um grupo.Em outubro, ROSALÍA chega com LUX, seu projeto mais ambicioso até agora, segundo rumores. A cantora espanhola, que já reinventou o flamenco com El Mal Querer, agora mergulha em sons eletrônicos e vocais experimentais. O álbum foi gravado em estúdios de Barcelona, Nova York e Tóquio — e os primeiros trechos vazados já geram comparações com Björk e FKA twigs.
Em agosto, KAYTRANADA finalmente solta seu novo disco — ainda sem título, mas já com produtoras de Kendrick Lamar e H.E.R. envolvidas. E em 15 de agosto, Dijon lança Baby, um disco de R&B psicodélico que promete ser o som da primavera de 2025.
Por que isso tudo importa?
Não é só sobre números. É sobre como a música está se reinventando. Em 2025, artistas não estão mais esperando por selos grandes para lançar. Eles estão usando datas estratégicas — como o 25 de abril — para se sobrepor ao ruído. É uma guerra de atenção, e os ouvintes estão sendo convidados a escolher: ouvir tudo, ou escolher um e mergulhar fundo.Além disso, o fato de que 24 lançamentos importantes caem em novembro e dezembro mostra que as gravadoras estão apostando no final do ano, quando os fãs têm mais tempo — e mais dinheiro — para comprar vinis, assinar streaming e participar de eventos. É o Natal da música.
O que vem depois?
Ainda há nomes sem data confirmada, como Latbiu Hookt e Young Crodie. Será que eles esperam para surpreender? Talvez. Mas o que já está confirmado é suficiente para transformar 2025 em um ano marcante — não por um único hit, mas por uma explosão coletiva de criatividade.Se você é fã de música, prepare-se: em 2025, você não vai conseguir acompanhar tudo. Mas vai querer tentar.
Frequently Asked Questions
Por que tantos álbuns foram lançados no mesmo dia, 25 de abril?
O 25 de abril se tornou um dia estratégico porque cai em um período de baixa concorrência entre grandes lançamentos, e artistas independentes aproveitam para se destacar. Além disso, muitos selos menores, como Stones Throw e Secretly Canadian, coordenam lançamentos nesse dia para criar um evento coletivo — como um “festival musical” sem palco. O efeito é viral: mídias sociais e blogs falam de todo o dia, não só de um álbum.
Quem são os artistas mais aguardados de 2025?
ROSALÍA, com LUX, é a mais aguardada, por sua evolução artística constante. Também estão na lista Perrie Edwards, cujo álbum solo é o primeiro passo real de sua carreira individual após o Little Mix; e KAYTRANADA, cujo novo disco promete revolucionar o R&B e o dance. Por fim, Ghost e Sault são considerados “wild cards” — artistas que sempre surpreendem e podem gerar discos cult.
Há alguma reedição que vale a pena comprar em vinil?
Sim. O Wish You Were Here 50 da Pink Floyd inclui uma versão remasterizada em vinil de 180g, com dois discos de demos inéditos e um booklet com fotos raras. Já o Familiar To Millions (25th Anniversary Edition) da Oasis traz uma gravação ao vivo de Manchester, nunca lançada antes, em vinil colorido. Ambos são limitados e já estão sendo cotados por colecionadores.
Como os artistas estão decidindo as datas de lançamento?
Muitos usam dados de streaming para evitar datas saturadas — mas o 25 de abril é uma exceção. Artistas independentes escolhem dias com menos pressão da mídia tradicional, enquanto grandes nomes como Pink Floyd e Oasis optam por datas simbólicas, como aniversários de discos clássicos. Há também uma tendência crescente de alinhar lançamentos com feriados ou eventos culturais, como o Dia da Música, em 1º de outubro.
Existe algum álbum que pode virar o hit do ano?
Muito provavelmente será LUX da ROSALÍA. A artista já tem um histórico de transformar álbuns em fenômenos culturais — e essa obra tem produção de FKA twigs e colaborações com artistas da cena underground de Berlim. Se o primeiro single for liberado antes do verão europeu, pode se tornar o tema do verão de 2025 em todo o continente.
O que isso significa para os ouvintes comuns?
Significa que ouvir música em 2025 vai exigir mais escolha e menos passividade. Em vez de seguir playlists automáticas, os ouvintes precisarão pesquisar, pedir recomendações e, talvez, aceitar que não vão conseguir ouvir tudo. Mas quem se arrisca a mergulhar em um álbum por semana, em vez de 10 por dia, pode descobrir sons que mudam sua vida — e não apenas seu feed.